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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Moradores querem proteger capivaras

Publicado pelo jornal Foco Regional, em sua edição 449, a construção da escola pública de remo, pela prefeitura municipal, tem preocupado muito o Walmir Batista, morador da Rua 12 de Outubro, assim como outros moradores do local. Walmir acredita que tal construção afetará o habitat das capivaras. As margens do Paraíba na 12 de outubro abriga uma grande familia de capivaras, mas existe também muitas outras espécimes animais no local.
A preocupação do Walmir procede, essa aproximação de curiosos com as capivaras não é recomendável e pode ser perigosa. Esses animais apesar de estar na cidade são selvagens. Há pouco tempo duas espécimes foram atropeladas.
Na noite de Natal, as capivaras viraram divertimento para alguns visitantes e novos moradores que não vêem problema nessa aproximação. Pra completar o quadro só faltaram o Papai Noel, o trenó e as capivaras substituirem as renas para a entrega dos presentes natalinos.
O coordenador da Defesa Civil em defesa do empreendimento alega que "a construção não vai interferir no habitat das capivaras e sim protegê-las". Protegê-las de quê? As capivaras vivem há anos às margens do Paraíba, livres de grades, tendo sua liberdade e integridade protegida por lei e até hoje não temos notícia de capivaras mortas intencionalmente.
Uma pergunta que não quer calar. Por que a Defesa Civil é que está gerenciando esse projeto e não a Secretaria de Esportes, já que o remo é uma modalidade esportiva e gerenciamento de esportes não é bem da competência da Defesa civil? Deixa pra lá. A Rose deve saber os motivos.
Bem, o que a prefeitura precisa fazer mais do que construir um escola de remo, e com urgência, é criar um projeto de modernização para a 12 de Outubro, construindo novas calçadas com bancos, modernizar a iluminação, dividir a pista para acabar com os pegas de automóveis.
Para as capivaras criar instrumentos para garantir a segurança desses animais naquele local, pode estabelecer a redução da velocidade dos automóveis e motos, colocar placas avisando sobre a presença das capivaras e fazer um campanha comunicando ao motoristas apressadinhos, que a noite, nessa rua, passeiam grandes familias de capivaras. É um atração turística.
Hoje, a margem do rio Paraíba na rua 12 de Outubro, só serve para lançamento de lixo, entulho de obra, encontro de casais, pegas de carros, despachos de macumba e alojamento para sem teto. PM e GM por ali não não existem.
Se você visitar as margens do rio PAraíba em toda a cidade vê que a história se repete. Ou são ocupadas por invasões ou estão jogadas ao acaso, ao Deus dará. Um exemplo é a margem do Paraíba, no bairro Siderville, exemplo tipo dessa politica de descaso.
Mas voltemos ao que preocupa ao Walmir.
A prefeitura pretende construir a escola de remo próximo a vários focos de despejo de esgoto doméstico "in natura", a eles se juntam a poluição industrial das fábricas instaladas ao longo do rio. Será seguro? Não sou especialista mas esta água com certeza não deve ser boa contato para o ser humano. Será que já esqueceram a última mortandade de peixes no rio? Eta povo de memória curta!
Dá pra arriscar Walmir?
Você já viu alguém se divertindo em suas águas? Você teria coragem de comer um pescado saido do Paraíba? Por fim, você teria coragem de matricular seu filho ou neto nessa escola?
O Paraíba melhorou muito e as provas são os exemplares da fauna e flora que dão um toque todo especial ao rio. Mas ainda há muito trabalho a fazer para recuperar o Paraíba para as próximas gerações.
Walmir, pra finalizar não dá pra confiar em um governo onde a palavra ecologia só existe no dicionário. Quer um conselho? Forme um grupo de trabalho com pessoas que pensam como você, que não estejam comprometidas com a administração, pessoas que estão interessadas em defender o nosso rio Paraíba.
Pesquise, procure saber qual será o impacto ambiental da obra, consulte outros órgãos ambientais, vá ao ministério público procure ver se tá tudo dentro da lei e salve o Rio Paraíba.

O Grande Inquisidor

"Nenhum Grande Inquisidor tem prontas tão terríveis torturas como
a ansiedade tem; e nenhum espião sabe como atacar mais
inteligentemente o homem de quem ele suspeita, escolhendo o instante
em que ele está mais fraco; ou sabe onde colocar armadilhas em que ele
será pego e enredado, como ansiedade sabe e nenhum juiz é mais esperto
e sabe interrogar melhor, examinar, acusar como ansiedade sabe, e
nunca o deixa (a vítima) escapar, nem através de distrações, nem
através de barulhos, nem divertindo, nem brincando, nem de dia nem
de noite..."

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aniversário

Ontem foi meu aniversário. Completei 53 invernos, verões, outonos e primaveras. Tentei não dar importância a essa data. Quase consegui, se não fossem os vários telefonemas que recebi de congratulações.
.Pra aquela gentinha que acha que não tenho amigos taí a prova.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Voltei!!!!!!!!!!!

Fiquei um tempo afastado. Tava sem cabeça. Mas descobri que digitar essas maus traçadas linhas é uma terapia pra mim e também não podia na mão deixar as meninas e os meninos que me acompanham. Essa é especial para o meu amigo Adjalme.


Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de camaEu to voltandoLeva o chinelo pra sala de jantar...
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltandoPega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltandoFaz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar... pode se preparar porque eu to voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu to voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltandoDiz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar...
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!

Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltandoPõe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu to voltandoLeva o chinelo pra sala de jantar...
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltandoPega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltandoFaz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
DespentearQuero te agarrar... pode se preparar porque eu to voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisolaEu to voltandoDá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avóQue eu to voltandoDiz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar...
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!
Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!

O copo

Um copo com água até pela metade está quase vazio ou quase cheio? Pra mim o mundo é como um copo. Eu sei que o mundo é construído por dualidades. Doenças e saúde, tristezas e alegrias, fartura e carência, fé e a falta dela.
Tenho certeza que a terra não é azul como disse o astronauta. A terra é violeta, verde, rosa, negra, amarela, branca e vermelha. A terra é policromática. A terra não é feita de vales e montanhas, lagos rios mares e oceanos. Recoberta por sons que artista algum jamais poderá reproduzir.
A terra é feita de dores para estes e sorrisos para aqueles, de alegrias de uns e da tristeza de outros. Da sáude para alguns e doenças para muitos. Da fartura para poucos e fome para milhões.
Pra mim a terra é um copo. Pra mim tá quase cheio e pra você?
Um brinde!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

DESCASO COM O PARAÍBA

SACOS PARA CONTENÇÃO QUE NÃO FORAM RETIRADOS
DA MARGEM DO RIO PELA PMVR


VISTO DE LONGE

LIXO NA MARGEM DO RIO


DEPÓSITO DE POSTES


CALÇADA QUE O SAAE QUEBROU E NÃO ARRUMOU

LIXO ASSIM É COMUM

POSTES DE MADEIRA

POSTES VISTO POR OUTRO ÂNGULO

OS MESMOS POSTES
AS PESSOAS NÃO COLABORAM E O PODER PÚBLICO NÃO FAZ SUA PARTE.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O velho Paraíba


Quando eu era garotinho, ainda agarradão na barra da saia da D. Emilia, ele era uma presença enorme, ameaçador, cenário dos meus piores pesadelos. Alguns anos depois quando minha mãe disse: " Vai pra rua menino, conhecer o mundo, conhecer pessoas, mas não saia da calçada, viu?" minha visão sobre ele começou a mudar.
O primeiro contato não foi dos mais agradáveis, meu pai, funcionário da prefeitura tinha sido convocado para trabalhar no auxilio à população ribeirinha, que teve que ser deslocada de suas casas devido a cheia do velho Paraíba. Ele me levava a tira-colo para ajudá-lo.
Naquele tempo, eu, meu amigo Zeca, e seu irmão Ignácio costúmavamos nadar e pescar nos córregos afluentes do Paraíba. As águas eram límpidas e havia peixe com fartura.
O tempo foi passando e aos poucos os córregos começaram a ficar pequenos, rasos e sem emoção pra gente. Um dia consideramos que já estávamos em condições para enfrentar as águas amareladas do Paraíba, os meninos maiores já nadavam lá. Então fomos nós também bater mãos e pernas no rio. Sem nenhuma coordenação, contrariando todas as teorias sobre natação, mas conseguindo milagrosamente ficar sobre a água. Não tínhamos a mínima noção do perigo que inocentemente estávamos enfrentando, mas felizes da vida. Lembro que a gente nadava pelado, não podíamos molhar nossas roupas, por que nossas mães não podiam nem imaginar que tínhamos nadado no rio Paraíba. Se soubessem o coro iria comer no bom sentido. As vezes algum engraçadinho escondia ou dava nós nas roupas só pra atazanar nossas vidas. Moleque sempre moleque, não é mesmo? Posso afirmar que o Paraíba fez parte da passagem da infância para a vida adolescente de muita gente por aqui.
Sempre havia gente pescando por alí. Comia-se o pescado sem medo ou remorso.
Os caras maiores e os jovens mais afoitos atravessavam o rio, até a ilha da CSN para buscar gioabas. Faziam a travessia de volta boiando nos sacos carregados de goiabas. Alguns ficaram o meio do caminho. Faziam a travessia tambem em grandes câmaras de ar. Incrível!
O Paraíba teve muitas cheias, muitas pessoas morreram em suas águas, as vezes tristemente por vontade própria, outras devido a simples imprudência do sujeito.
Há pouco tempo uma tragédia se abateu sobre o Paraíba, todos lembram e ficaram indignados com a descarga de produtos quimicos no rio.
O Paraíba taí, poluido por esgoto residencial, dejetos industriais e pelo descasso do poder público. Mal cuidado desde suas margens até a suas águas - não serão calçadão e iluminação que mudará esse quadro - mas a fauna que o rio abriga é maravilhosa, uma dádiva para os sentidos. Familias inteiras de capivaras - dezenas - em grupo, passeiam por suas margem ao anoitecer. O Paraíba também é morada de lagartos, patos e garças. Pássaros como o bem-te-vi, o sabiá, o canário e a viuvinha, enfim uma fauna bem diversificada.
Prova definitiva que o rio não está morto. Um tempo após o despejo da substância química os animais que vivem no rio e do rio desapareceram.
Mas como a natureza é sábia aos poucos eles foram voltando para continuar a ser os astros principais neste palco da vida que se chama rio Paraíba do Sul.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Jazz no interior

O jornalista Carlos Calado em matéria especial para o jornal a Folha de São Paulo escreveu: "Foi-se o tempo em que apenas as capitais do eixo Rio-São Paulo, com raras exceções, tinham acesso a shows de astros da cena internacional do jazz. Nesta década, festivais do gênero têm surgido em diversos Estados do país com uma característica comum: apoiados por órgãos governamentais, esses eventos buscam ampliar o turismo nessas regiões”.
Podemos acrescentar mais ao afirmar que chegou a hora do público das pequenas e médias cidades, distantes dos grandes centros culturais do país terem a oportunidade de conhecer esse estilo musical nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, que passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX e continua apaixonante.
Para confirmar essa afirmação podemos apontar o festival Tudo é Jazz de Ouro Preto, em Minas Gerais, o festival de jazz de Ibitipoca, o festival de jazz do município de Rio das Ostras, o Búzios Jazz & Blues e festival de jazz de Penedo todos no interior do estado do Rio. Tem ainda o Festival de Jazz de Guaramiranga no Ceará, que é uma reserva de mata atlântica e não tem vocação agrícola, nem comercio ou indústria fortes.
Apreciadores de jazz encontraremos em todos os lugares do planeta, o jazz é um estilo que não se restringe apenas ao Estados Unidos , temos jazz de qualidade sendo produzido em toda a Europa com artistas consagrados mundialmente inclusive na Ásia e não seria diferente no interior do Brasil.

Uma pequena lista de indicações de livros, caso você deseje conhecer melhor o jazz

• Berendt, Joachim E. / Feather, Leonard e outros - História do jazz. São Paulo: Abril Cultural, 1981.
• Berendt, Joachim E. - O jazz do rag ao rock. São Paulo: Perspectiva, 1975. (Coleção Debates, vol. 109)
• Calado, Carlos - Jazz ao vivo. São Paulo: Perspectiva, 1989. (Coleção Debates, vol. 227)
• Calado, Carlos - O jazz como espetáculo. São Paulo: Perspectiva, 1990. (Coleção Debates, vol. 236)
• Collier, James L. - Jazz - A autêntica música americana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.
• Cook, Richard / Morton, Brian - The Penguin Guide to Jazz on CD. 5a. edição. Londres: Penguin, 2000.
• Erlich, Lillian - Jazz: Das raízes ao rock. São Paulo: Cultrix, 1977.
• Francis, André - Jazz. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
• Hobsbawm, Eric J. - História social do jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
• Holiday, Billie / William Dufty - Lady sings the blues: Uma autobiografia. São Paulo: Brasiliense, 1985.
• Jones, LeRoi - O jazz e sua influência na cultura americana. Rio de Janeiro: Record, 1967.
• Kirchner, Bill (ed.) - The Oxford Companion to Jazz. New York: Oxford University Press, 2000.
• Muggiati, Roberto - New Jazz: De volta para o futuro. São Paulo: Editora 34, 1999.
• Summerfield, Maurice J. - The Jazz Guitar - Its Evolution and Its Players. Ashley-Mark, 1980

quarta-feira, 24 de junho de 2009

UMA SIMPLES HOMENAGEM


Hoje, vou comentar sobre um figuraça que conheci há tempos. Seu nome era Jasão. Nome singular para um personagem tão plural. Desculpe o trocadilho mas não pude resistir. Só tenho conhecimento de outro outro Jasão, aquele héroi mitológico grego. O Jasão que conheci me foi apresentado pelo seu dono. Dono? É, o André. Pois é, Jasão era um cachorro. Mas tenho certeza que ele era mais do que um cão. Pra mim e para o André ele também foi um herói, por que foi muito mais que um simples animal de estimação.
Jasão era muito inteligente e tinha um grande coração. Jasão foi companheiro nas noites de solidão. Cumplíce das noitadas de sedução. Despertador nas manhãs preguiçosas, quando não se quer sair da cama mas a rotina te obriga a sair dela. Para André, Jasão foi muito mais que um cão de estimação, ele foi companheiro, irmão e confidente.
Jasão, era o rei da rua, linha dura com os vira-latas que se aventuravam por ali e galanteador e sedutor com as cadelas desavisadas que passeavam na sua área. Afinal, qual cachorrinha iria resistir aos encantos daquele belo espécime canino. Deixou um bocado de descendentes. Jasão era um cão doméstico. André garantia todas as mordomias, mas ele não era mimado não. Minha filha Andara defende a teoria que os animais depois de certo tempo de conviência assemelha-se com seu dono, e Jasão de uma certa maneira corroborava essa tese. Como seu dono, Jasão era um vira-latas de classe. O mundo era sua casa.
Viviam felizes um para o outro. Se completavam. O solteirão convicto e o seu cão. O que sewrá que a vizinhança pensava?
Mas eis que o destino quis pregar uma peça em Jasão e André. O coração do Jasão ficou doente e André fez de tudo para que ele continuasse a sua vidinha de sempre. Mas Jasão nunca mais seria o mesmo, agora vivia a base de remédios. O veterinário aconselhou pequenas caminhadas e por isso de vez em quando a gente se encontrava na Beira Rio.
Mas em uma noite chuvosa aconteceu o que André mais temia. O coração de Jasão entrou em colapso e ele não resistiu. Jasão partiu mas tenho certeza que ele foi feliz, por que até o último momento ele teve a companhia de quem ele mais amou nesta terra.
Vai com Deus amigo Jasão. Sei que você estará em bom lugar, por que todos os cães merecem o céu.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Senhora Sorriso



Todo dia ela faz tudo sempre igual. Cedo, lá está ela de vassoura em punho varrendo a calçada em frente a sua casa. Ela mora ali, no Aterrado, na Lucas Evangelista, quase em frente a delegacia. Uma velha senhora, negra, um pouco rechonchuda.
Todo dia quando desço para o trabalho lá está ela me recebendo com um sonoro "bom dia!". É quase como uma musica e aquele simples vassoura parece tranformar-se em uma varinha de condão. Como me alegra o espirito aquele cumprimento matinal.

Reparei, npo entanto que aquela gentileza não é só pra mim. Todos que passam por ali e a cumprimentam recebem de volta aquele bom dia cantado. Um bálsamo para quem tá começando o dia cheio de incertezas. Uma lição de otimismo. Faz com que a gente se sinta tão bem.

Aí eu me pergunto: Como pode um simples gesto matinal conter tamanha doação?

Tenho certeza que todos que a encontram tão cedo com tanta alegria estampada no rosto concordarão comigo.

Meus bichos, meus amores

Lua

Pandora


Estrela


Gosto muito de bicho. Cachorros especialmente. Sempre existiu um cachorro em minha vida. A primeira foi a Bolinha, amarela, de porte médio, sem raça definida. Depois veio o Rolo, também sem raça definida, lembra daquele cahorro gordinho do filme 101 dálmatas da Disney? Pois é, o Rolo era muito parecido com ele.
Tive também a amizade dos pequinêses Ming e Chang. A Pluma, uma seter irlandês, vermelha. Linda!
A Estrela, sem raça definida, está com a gente até hoje. 13 anos, perdendo os dentes e com um mau humor horrível. Ela agradece o carinho que recebe com pequenos rosnados. A Lua, uma mistura de SRD com fox paulistinha, morreu nova, a gente derramou todas a lágrimas possíveis. Ela era incrível, fazia dueto com minha filha, a Andara. Agora veio a irmã da Lua, a Pandora, que também é uma lua, só que esta é bailarina. Quando a gente chega em casa ela nos recebe dançando. Esses bichinhos me deram muitas alegrias.

Fiz até uma musiquinha em homenagem a elas.
É assim, no ritmo da musica "cantoras do rádio":

Nós somos as cachorras do Cláudio
Passamos a vida a latir
De dia abanamos os rabos
De noite vamos dormir.
Ficou legal?

terça-feira, 9 de junho de 2009

PASQUIM - EDIÇÃO COMEMORATIVA 40 ANOS



O Pasquim, jornal revolucionário lançado na década de 1960, foi um importante veículo de combate à censura e à ditadura da época. Por meio de seus textos afiados e dotados de extremo bom humor, o periódico tornou-se um marco na imprensa brasileira.

Mas nem só de textos viveu o jornal. Seus desenhos e caricaturas foram igualmente importantes na consolidação de sua fama. O livro da Desiderata reúne 32 capas e alguns outros desenhos de uma equipe que fez história.

A arte das capas é imperdível. Com um time que inclui Millôr, Henfil, Jaguar e Ziraldo, o resultado é impressionante. Difícil não rir com as grandes sacadas dessas feras do jornalismo e do desenho e com as piadinhas de Sig, o ratinho que se tornou mascote do Pasquim.

As capas eram feitas tanto com base em desenhos como em fotografias, mas o resultado era sempre inteligente e ousado. Basta ver a arte que ilustra a contracapa para entender a força das charges do jornal.

Esta edição especial é uma ótima porta de entrada para quem não conhece o periódico e tem interesse em saber um pouco mais sobre o porquê da sua importância.

A edição está caprichada e inclui textos explicativos sobre o jornal.
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/review_Pasquim40.cfm
Título: PASQUIM - EDIÇÃO COMEMORATIVA 40 ANOS (Desiderata) - Revista mensal
Autores: Millôr Fernandes, Jaguar, Sérgio Augusto, Ziraldo, Chico Caruso, Henfil, Fortuna, Redi e outros.
Preço: R$ 39,90
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Maio de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Continuar vivendo é perigoso, mas é preciso

Nos últimos dias as pessoas só falam do desastre do airbus da Air France. As pessoas ficaram chocadas com tantas mortes em um só momento. Essa consternação geral é compreensiva, afinal o ser humano tem essa capacidade fantástica de ser solidário na dor.
Como sempre a mídia capricha na cobertura da tragédia e fornece os mínimos detalhes para saciar a sede de tragédia de nossos ávidos leitores/espectadores.
Solidariedade à parte há um pouco de exagero nessa.
Chico Buarque na letra de Soy loco por ti América escreveu: “Estou aqui de passagem, sei que adiante um dia vou morrer de susto, de bala ou vício”.
Antes do Chico, bem antes, nos primórdios do planeta terra se você estivesse poderia virar comida de um dinossauro carnívoro ou um tigre dente-de-sabre, ou ser pisoteado por algum dino vegetariano. Nos séculos XIX e XX, as pessoas morriam por doenças como a varíola, tuberculose, peste bubônica e beribéri. Também por duelo com espadas e armas de fogo ou atropelado por montaria qualquer.
Hoje, além do acidente aéreo a gente pode morrer atingido por bala perdida, infectado por um vírus, arrastado por um bicicleta na contramão, fulminado por um raio, arrastado para um bueiro por águas das chuvas nas ruas de São Paulo ou no Rio ou morrer afogado com as águas de um açude no sertão do Piauí.
Pode ser vitimado por um tsunami gigante, pelo naufrágio de um navio “insubmergível”(meu Deus isso existe?!), atropelado por um deputado dirigindo embriagado em alta velocidade, emboscado pela policia ou pela milícia ou enfartado por causa daquela porcaria do seu time de futebol.
Morre gente todo dia neste planeta. O planeta morre um pouco a cada dia. Mas também nasce gente todo dia, em cada canto desse lindo planetinha azul.
A fila anda meu camarada, e apesar dos pesares a vida continua.
Talvez seja fácil ter essa postura quando você não está intimamente ligada à tragédia, mas o que se aprende nessa triste história do airbus é que importante compreendermos o quão somos frágeis e como a cada dia fica mais e mais perigoso viver neste planeta.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Jazz em todo lugar

22/08/2006 - Carlos Calado, em matéria especial para a Folha de S. Paulo, 08/08/2006.
"Foi-se o tempo em que apenas as capitais do eixo Rio-São Paulo, com raras exceções, tinham acesso a shows de astros da cena internacional do jazz. Nesta década, festivais do gênero têm surgido em diversos Estados do país com uma característica comum: apoiados por órgãos governamentais, esses eventos buscam ampliar o turismo nessas regiões."Jazz é sinônimo de música de qualidade", diz a produtora Maria Alice Martins, que criou o festival Tudo É Jazz a pedido do Centro de Artes da Universidade Federal de Ouro Preto. A intenção era melhorar o nível dos turistas que visitavam essa cidade histórica mineira, prejudicada por constante dilapidação de seu patrimônio cultural.Cerca de 1.700 pessoas acompanharam a estréia do Tudo É Jazz, em 2002. Hoje a previsão é que 8.000 freqüentem os concertos, oficinas e outros eventos, de 21 a 23 de setembro, em Ouro Preto. Com um elenco que não deve nada aos de eventos similares realizados no exterior, o festival destaca expoentes do gênero, como o baixista inglês Dave Holland, o pianista norte-americano Jason Moran e o saxofonista italiano Francesco Cafiso."Não é um festival de massa", admite a produtora, atenta aos limites da cidade. Com custo aproximado de R$ 1,2 milhão, o festival tem apoio do Ministério do Turismo e patrocínio da Gerdau Açomimas, que entra com metade da verba por meio de leis de incentivo à Cultura. "Trazendo turistas de qualidade, em vez de predadores, contribuímos para uma cidade mais segura e organizada."Outro evento desse gênero que já se estabeleceu com sucesso é o de Guaramiranga, cidade de 5.000 habitantes (a 108 km de Fortaleza, no Ceará), que já prepara a oitava edição de seu Festival de Jazz & Blues para fevereiro de 2007. Neste ano, cerca de 15 mil visitantes freqüentaram os shows do evento.Impulso econômico"Guaramiranga é uma reserva de mata atlântica e não tem vocação agrícola, nem comercio ou indústria fortes", descreve a produtora Rachel Gadelha, que chegou a ser desestimulada por moradores da cidade, quando lançou o festival, só com o apoio da secretaria estadual de Cultura, em 2000. Naquela época, a cidade nem tinha hotéis e restaurantes suficientes para atender os turistas.Hoje, o evento contribui para o desenvolvimento econômico de Guaramiranga. "O festival movimenta não só a cidade, mas toda a região", diz a produtora, mencionando dados do Sebrae. "Os quatro dias do festival chegam a movimentar o equivalente a dez meses da arrecadação anual da cidade."Para atrair turistas ou mesmo fãs locais de jazz, alguns festivais recorrem até a soluções pouco comuns. Como o Londrina Jazz Festival, no Paraná, que vai sediar sua quarta edição, de 7 a 12 de novembro, no centro de eventos de um shopping. "Levamos em conta a boa infra-estrutura, o fluxo diário de 25 mil pessoas e a possibilidade de aliar aos shows uma programação de filmes de jazz nas salas de cinema", justifica o produtor Eduardo Martins."O Brasil não é só o eixo Rio-São Paulo", diz Robério Braga, secretário da Cultura do Estado do Amazonas, que realizou há pouco seu primeiro festival de jazz e já o inclui no calendário cultural do Estado para 2007. "O apelo do Teatro Amazonas e da floresta amazônica é forte, e nós temos que utilizá-lo para criar empregos e renda para a população. Esses eventos geram atividade econômica."Até turistas argentinos e chilenos foram a Búzios, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, durante seu festival, em julho. "O público que vem à cidade, nesta época, é formado por pessoas entre 25 e 40 anos, de bom nível econômico, que preferem jazz e blues a rock", diz o produtor Mario Fernandez."
Essa é para a Secretaria de Cultura de Volta Redonda.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Loucura


Concordo, como leigo, com os especialistas que defendem que instituições psiquiátricas nunca serão soluções para os problemas que as pessoas portadoras de doenças mentais enfrentam, mas por outro lado eu questiono a política de saúde mental do governo federal cujo “objetivo é contribuir efetivamente para o processo de inserção social dessas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem-estar global e estimular o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania”.
Isso quer dizer que a família despreparada, desmotivada e sem recursos é obrigada a cuidar do seu ente querido. Nem todas estão preparadas para essa dura missão. Nem todos tem o amor necessário para isso. O resultado disso você pode notar nas ruas.
Um dia desses conversando com um amigo indaguei a ele se tinha notado a quantidade de pessoas com comportamento estranho vagando por Volta Redonda. É um tal de você encontrar com gente falando ou gesticulando sozinho. Ele disse que isso era por conta da crise. “É a falta de dinheiro e perspectiva que faz isso”, completou.
Eu busquei lá no fundo da memória os diversos tipos com que eu tinha já tinha cruzado no meu vai e vem por essa cidade e me lembrei de alguns.
Tem a Xuxa que todo dia empurra um carrinho cheio de tralha acompanhada por vários cachorros, há um homem que veste uma camisa por cima da outra, ele anda vestido com várias camisas ao mesmo tempo. Tem um que fica vagando pelo Aterrado, o pessoal o chama de Rambo, todos no bairro o conhecem, ele nunca toma banho, e adora uma caneta e papel para escrever coisas indecifráveis. Tem também um homem negro que costuma ficar junto à UFF na Vila vestido com roupas que lembram um farda, capacete na cabeça e com uma bíblia nas mãos, e o menino, lá do Retiro que dirige um veículo imaginário pelas ruas do bairro.
Esses são inocentes exemplos mas tem o lado negativo como daquele individuo que assassinou duas pessoas a golpe de facão, uma delas em plena luz do dia no bairro Aterrado.
Ao presenciar essa realidade a dúvida me atormenta. A questão da saúde mental sempre atormentou e assombrou a humanidade, segregar os portadores de doenças mentais é uma medida desumana e cruel que o tempo mostrou ser ineficaz, mas por outro lado vê-se que a política de integração social e familiar do portador de doença mental do governo federal tem deixado muita gente perambulando e falando sozinho pela cidade.
Será que resolve a questão?

CARIOCAS


CARIOCAS SÃO BONITOS
CARIOCAS SÃO BACANAS
CARIOCAS SÃO SACANAS
CARIOCAS SÃO DOURADOS
CARIOCAS SÃO MODERNOS
CARIOCAS SÃO ESPERTOS
CARIOCAS SÃO DIRETOS
CARIOCAS NÃO GOSTAM DE DIAS NUBLADOS
CARIOCAS NASCEM BAMBAS
CARIOCAS NASCEM CRAQUES
CARIOCAS TÊM SOTAQUE
CARIOCAS SÃO ALEGRES
CARIOCAS SÃO ATENTOS
CARIOCAS SÃO TÃO SEXYS
CARIOCAS SÃO TÃO CLAROS
CARIOCAS NÃO GOSTAM DE SINAL FECHADO

domingo, 8 de março de 2009

O primeiro Jazz a gente nunca esquece


Conheci o jazz ainda garoto, lá pelos idos de 66, naquela época, ouvia-se muito rock and roll por influência dos Beatles e do Elvis. Qualquer moleque que aprendia alguns acordes no violão fazia sucesso entre as meninas. Em minha casa só se ouvia música brasileira. Muito samba. Ataulfo Alves, Elizete Cardoso, Carlos Galhardo, Ciro Monteiro, Dorival Caymmi. Depois aprendemos a apreciar as artes de Roberto Ribeiro, Luiz Ayrão, Paulinho da Viola, Cartola, Elza Soares.
Meu pai tinha uma bela voz e gostava de cantar. Nas festas de aniversário lá em casa ou em casa de amigos só dava ele. Era um boêmio. Minha mãe ciumenta não dava mole pra ele não. Afinal, ela sabia que aquele baiano de olhos verdes e voz da barítono fazia sucesso além dos círculos musicais.
Minha Mãe também cantava tinha uma voz macia muito afinada que lembrava um pouco a voz da Gal Costa. Por isso minha raiz está no samba.
A gente vivia em uma vila de casas e a convivência entre as pessoas era muito estreita, pareciam parentes. Nesse tempo a vida era uma festa pra mim. Aquelas pessoas eram pioneiros que vieram para trabalhar na construção da CSN e colonizar Volta Redonda. Parecia coisa de velho oeste. Minha família tinha vindo Rio de Janeiro, tinha gente também de Minas Gerais, do norte e do nordeste, do Oiapoque ao Chuí. Tinha gente de todo o canto do país. Imagine o caldo cultural que era isso.
A vizinha mais próxima da gente era uma mineira, a Dadá, ela ouvia muito Ray Charles e Nat King Cole e acabei seduzido por aquele tipo de musica. Anos depois é que fui descobrir que mineiro além de fazer boa comida, produz musica instrumental reconhecida internacionalmente um bom gosto musical, acho que nem é preciso citar nomes.
Muitas vezes eu fugia pra casa dela sem minha mãe saber pra ficar ouvindo aqueles bolachões Ray Charles e do Nat King Cole e acompanhar ela trabalhando na cozinha hummmmmmmm, que delícia.
Tocava também rock na vitrola mas meus ouvidos insistiam em só querer ouvir Ray Charles e Nat King Cole. Que música maravilhosa.
O tempo passou, e passei a ouvir outros estilo musicais como a MPB de Ivan Lins, Ronaldo Monteiro, Eduardo Souto Neto, César Costa Filho, Luiz Gonzaga Júnior, Fagner, Belchior, Caetano Veloso e Gilberto Gil e pela Bossa Nova de Durval Ferreira, Menescal, Leny Andrade, Marcos Valle, João Donato, Zimbo Trio, Tom Jobim.
Aí graças a batida peculiar da bossa nova não demorou muito pra eu me decidir e entrar definitivamente para o mundo do jazz.
Hoje, pra mim não existe outro estilo musical, é o jazz em todas as suas matizes e cores.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Meu primeiro texto

Fui motivado a criar este blog pelo meu amigo poeta Vadinho. Depois que ele criou o blog dele, o vadiartltda, comecei a ficar empolgado com a idéia de escrever. Sempre gostei de ler, minha infância foi cercada por livros, Apesar da minha ansiedade, que quase me impede de ficar focado em uma única situação consegui ler algumas dúzia de livros. No secundário éramos obrigados a ler durante as férias obra de algum medalhão da literatura brasileira. O que era obrigação virou diversão.
Confesso que nunca pensei em escrever por causa da insegurança que tenho em relação a lingua portuguesa e por achar que escrever era coisa de profissional. Mas resolvi criar coragem e... BINGO! Olha eu aqui digitando o primeiro texto do meu blog.
Emoção? Não. Apenas uma grande expectativa. Como sempre a ansiedade e afinal a expectastiva é um tipo de emoção. Concorda? 
Será que vai ficar bom? Será que alguem vai ler? 
Xi, olha minha ansiedade atacando de novo. 
Acho que na verdade o que estou sentindo é apenas um calor infernal que o ventilador não consegue amenizar. Mas vamos lá.
Não sou jornalista e nem escritor, não tenho a pretensão de vir a ser qualquer um do dois, apenas acredito que escrever pode ser uma forma de terapia. Alguns pintam quadros, uns cultivam plantas e flores, outros tocam algum instrumento, tem até aqueles que pretendem salvar o mundo. Eu resolvi escrever.
Os blogs geralmente são editados por especialistas em determinados assuntos, eu não sou especialista em nada, não domino nenhum assunto com grande profundidade, sou apenas um cara comum que gosta e agora quer escrever.
Salve o universo livre da internet que permite isso!