Pesquisar este blog

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Continuar vivendo é perigoso, mas é preciso

Nos últimos dias as pessoas só falam do desastre do airbus da Air France. As pessoas ficaram chocadas com tantas mortes em um só momento. Essa consternação geral é compreensiva, afinal o ser humano tem essa capacidade fantástica de ser solidário na dor.
Como sempre a mídia capricha na cobertura da tragédia e fornece os mínimos detalhes para saciar a sede de tragédia de nossos ávidos leitores/espectadores.
Solidariedade à parte há um pouco de exagero nessa.
Chico Buarque na letra de Soy loco por ti América escreveu: “Estou aqui de passagem, sei que adiante um dia vou morrer de susto, de bala ou vício”.
Antes do Chico, bem antes, nos primórdios do planeta terra se você estivesse poderia virar comida de um dinossauro carnívoro ou um tigre dente-de-sabre, ou ser pisoteado por algum dino vegetariano. Nos séculos XIX e XX, as pessoas morriam por doenças como a varíola, tuberculose, peste bubônica e beribéri. Também por duelo com espadas e armas de fogo ou atropelado por montaria qualquer.
Hoje, além do acidente aéreo a gente pode morrer atingido por bala perdida, infectado por um vírus, arrastado por um bicicleta na contramão, fulminado por um raio, arrastado para um bueiro por águas das chuvas nas ruas de São Paulo ou no Rio ou morrer afogado com as águas de um açude no sertão do Piauí.
Pode ser vitimado por um tsunami gigante, pelo naufrágio de um navio “insubmergível”(meu Deus isso existe?!), atropelado por um deputado dirigindo embriagado em alta velocidade, emboscado pela policia ou pela milícia ou enfartado por causa daquela porcaria do seu time de futebol.
Morre gente todo dia neste planeta. O planeta morre um pouco a cada dia. Mas também nasce gente todo dia, em cada canto desse lindo planetinha azul.
A fila anda meu camarada, e apesar dos pesares a vida continua.
Talvez seja fácil ter essa postura quando você não está intimamente ligada à tragédia, mas o que se aprende nessa triste história do airbus é que importante compreendermos o quão somos frágeis e como a cada dia fica mais e mais perigoso viver neste planeta.

4 comentários:

  1. Pertinente. Pé no chão. Também me choca a tragédia do avião, como me chocaria com qualquer outra das citadas aí. Mas, o que me incomoda mesmo é a imprensa 'urubu'.

    ResponderExcluir
  2. A cada tragédia que acontece penso, meu Deus, porque com tanta gente na mesma hora, será um mistério a ser decifrado? Bem, diante das tragédias ditas acima, acho que devemos viver da melhor maneira possível, cuidar com carinho de tudo que amamos, pois a nossa vida é muito breve e não sabemos o momento em que iremos embora, então aproveitemos o nosso tempo que é agora.........

    ResponderExcluir
  3. Nos primórdios da humanidade os dinos já não existiam há muito tempo... kkkk Ainda bem

    ResponderExcluir
  4. Com relação à tia da "vassoura" realmente e uma figura muito carismática.Deixa-nos mesmo perplexos com aquela alegria e satisfação em dar um bom dia a cada transeunte q por ali transita. O varrer das folhas e pretexto ou não? p facilitar a abordagem. Q Deus permita q aquela árvore continue à sujar aquela calçada pois quem ganha e a gente rsrsrsrsrsrsrsr.

    ResponderExcluir